sexta-feira, 15 de agosto de 2008

E vale a pena?

Essa vida de vestibulanda e terceiro-anista (isso existe?) não é muito fácil, não...
Às vezes eu me pego pensando o quanto isso vale a pena. Será que eu vou ser alguma coisa que preste quando sair do colégio? Tudo o que eu sei fazer é estudar e me desesperar com as provas vindouras... Desaprendi a fazer coisas que saiam da minha rotina, do meu planejado.

Acho que no fundo eu nunca aprendi a sair da minha bolha. E isso, meus caros, é uma droga. Porque eu não consigo andar por aí sozinha se não for para a escola, pro curso ou pra qualquer tarefa pré-determinada. Se ninguém me puxar, eu não vou; vou ficando por aí, sentada, vendo a vida passar, as pessoas se divertirem, e eu perder toda a minha vontade de estar viva.

Nossa, que dramático! Tá, não é TODA a vontade de viver, só um pedacinho. É evidente que a minha vida não é tão ruim assim; se eu tivesse algo com o que me preocupar realmente, não estaria aqui reclamando e enumerando problemas inexistentes... Estaria tentando resolvê-los. O caso é que eu adoro reclamar mesmo. Fazer algo pra melhorar... dificilmente. Nem eu tenho pena de mim; ninguém manda ter preguiça de mudar.;D

Mas sobre as constantes avaliações no colégio (muitas quase-surpresas), sobre "O Primo Basílio" que tenho que terminar de ler até segunda, sobre os exercícios de Japonês que tive que abandonar temporariamente em detrimento do tal Simulinho (prova nos moldes da PUC, com questões mais nível UFRGS, valendo quase metade da nota do bimestre...), sobre tudo isso me reservo o direito de reclamar, de subir nessa mesa imaginária e sapatear e gritar como uma criança mimada...:D

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"O Primo Basílio", de Eça de Queirós. Nova leitura obrigatória da UFRGS 2009. O início é meio complicado de passar, mas depois o ritmo até fica mais interessante. No caso, eu até já sei o fim da história, mas ainda dá pra ficar curiosa com o desenrolar. Aliás, ouvi falar que tinha filme, série brasileiros, baseados no livro; fui pesquisar no YouTube, e o filme (com o Fábio Assunção e cia.) me pareceu uma ótima desculpa para se filmar bandalheira... Já a série (com Marília Pêra, Tony Ramos, Giulia Gam) pareceu bem mais decente, inclusive no pouco de atuação que eu vi. De qualquer maneira, eu tenho que ler o livro mesmo...

Aliás, falando em Literatura, até nisso (e olha que quero fazer Letras!) eu me sinto meio deslocada... Em geral, professoras de Português e Literatura adoram qualquer coisa escrita por, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade. Talvez porque meu entendimento seja ruim, ou eu não seja madura o suficiente pra gostar, mas eu não AMO qualquer coisa que ele tenha posto num papel. Também acho o Modernismo (1ª fase) bem duvidoso. Tá certo que abriu horizontes e coisa e tal, mas Oswald de Andrade não me desce goela abaixo nem por antropofagia... [Péssima piada...]
O caso é que até na hora de interpretar contos, romances e poemas, acabo enxergando a coisa diferente do que as professoras enxergam... Não tão diferente assim, mas sempre discordo. Tenho daltonismo literário, provavelmente.

Já esgotei minha cota de palavras!

Mas, por hora, fico com o Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Se eu não acreditasse nem um pouco em tudo isso, estaria perdida.:D
Jaa!o/

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Auto-Apresentação e Considerações Iniciais

Começar um blog é bem fácil. O problema sempre é mantê-lo... Eu já tive vários, desde os 13 anos. O início é belo, emocionante, mas depois perde a graça. Tive vontade de cair mais uma vez nesse ciclo e montei essa página...:D

"Mas quem é você, ilustre desconhecida? o.O"Bom, eu sou a Maria Luísa (mais uma Malu da vida...), atualmente 17 anos, rumo aos 18, estudante do 3º ano do Ensino Médio, perdendo as estribeiras para o vestibular. Tenho inúmeros apelidos, na Internet, a maioria relacionada a raposas - Kawaii Kitsune, Kawaii YnK, YnK, Raposa... O óbvio da história toda é que eu adoro raposas. Não vou pormenorizar. Outra coisa em que sou viciada é cultura japonesa: animes, mangás, filmes, tradições, bandas, músicas... Então se você se deparar com "quadradinhos" ou "arvorezinhas" no meio do seu texto, já sabe...

"Eu estava procurando sacanagem e encontrei esta merda!"A probabilidade de isso ter acontecido é altíssima. Para quem não tem lá um inglês dos melhores, "Fuzzy Handcuffs" significa "algemas felpudas". Por que eu coloquei esse nome? Bem, pensei que as algemas poderiam representar a nossa falta de liberdade na vida e no mundo, mas, sabendo que coisas felpudas costumam ser macias e confortáveis, eu estaria criando um complexo paradoxo para explicar o fenômeno de se viver nesta bosta de mundo de maneira feliz e agradável. Mentira. :P
Eu só pensei em algum título, e aí me veio isso na cabeça. Mas eu também olhei no dicionário de inglês e simpatizei com a palavra "fuzzy" - aliás, gosto dessas palavras parecidas como a já citada, "funny", "furry", "fluffy", "flurry", etc. -, que, aliás, tem algo a ver com raposas. Já os raios das algemas, só Freud explica. Ou não! ;D
Curiosamente, perguntei ao Mr. Google sobre a palavra e encontrei isto: http://www.pucsp.br/~logica/Fuzzy.htm . Se entendi algo disso, também se relaciona comigo, uma vez que sou extremamente subjetiva, indecisa e imprecisa...

"Décadence avec élégance."Sou neurótica e rabugenta, mas tento manter o bom humor. A idéia é essa.
E acabou a inspiração e esse post.


Jaa. o/