domingo, 29 de agosto de 2010

O vampiro do cabelo engomado

Esse assunto tem esgotado a paciência ultimamente. E muita besteira tem se falado contra ou a favor dessa onda de vampiros invadindo livrarias, cinemas... Então senti que gostaria de falar sobre isso também.

Tá olhando o quê, manolow?

Bom, pra começar, vamos ao meu currículo... Não vi os filmes mais "old-school" de Drácula. Não vi o "Nosferatu". E pra ser sincera, não pretendo ver; os filmes antigos tratam o tema "vampiro" como terror, um gênero de filme que não me atrai nem um pouco...:B
O senhor Bela Lugosi que me perdoe. O mesmo vale para Christopher Lee...

Minha experiência com filmes de vampiros começou com o Dracula do Gary Oldman, e devo dizer que a impressão não foi das melhores. Aquele vampiro cafetão/Rainha de Copas não foi dos mais significativos; tanto que eu demorei para conseguir assistir o filme INTEIRO.

Aliás, uma coisa pela qual dá para desconsiderar a minha opinião: eu valorizo a aparência, sim. 
Então meus filmes preferidos de vampiro são os mais criticados por todo mundo...
Ok, os que eu vi: The Hunger ("Fome de Viver"), Interview with the Vampire ("Entrevista com o Vampiro"), Queen of the Damned ("A Rainha dos Condenados"), Dracula 2000, Van Helsing. Fora o anime, Hellsing. Talvez tenha esquecido algo, mas...

Desculpa, mas eu gostei do Richard Roxburgh também, tá?

Então...  
Sempre preferi a idéia de vampiros sedutores, não de feiosos assustadores.
Uma das principais críticas que se faz a Twilight é a de que o livro/filme "desvirtua" o vampiro tal como o conhecemos - "vampiros DE VERDADE não brilham! não se apaixonam! não são bonzinhos!", e coisas desse tipo. 
Grande porcaria! 
Se eu digo que um personagem não é necessariamente humano e que necessita de sangue para continuar a sua existência, no que você pensa? O restante é detalhe, pois "vampiro" é um elemento mitológico comum a diferentes culturas, sob diversos nomes, com pequenas variações de especificidades. Não é um personagem único e definido como, por exemplo, o agente James Bond, ou o Homem-Aranha - exemplos que um crítico usou para falar mal da crítica de outro no YouTube.

Justamente, a graça das histórias de ficção (seja em livros ou filmes) é, muitas vezes, a intertextualidade, o desvirtuamento de personagens tal como os conhecemos. Quando um escritor é habilidoso (certamente não o caso de Stephenie Meyer), você pode até estranhar no início, mas o desenrolar da história faz com que você acabe aceitando as mudanças como naturais. Só consigo pensar agora em um exemplo como "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", do Saramago; a história que o autor conta é de um Jesus Cristo diferente do da Bíblia, a "versão tradicional". Quantas vezes já não se recriou a história de "Romeu e Julieta", de "Hamlet", de "Dom Quixote"? A própria história de "Romeu e Julieta" me lembra MUITO o mito grego sobre o casal  Píramo e Tisbe... Procurem.;)

Outra besteira comentada acerca de Twilight, no outro extremo da crítica, é a de que a personagem Bella é um símbolo da força da mulher, já que é ela quem deve fazer a escolha entre um rapaz ou outro (a escolha entre a necrofilia e a zoofilia 8D). Eu não me sinto particularmente representada por uma personagem que não possui absolutamente nenhum atrativo específico e nenhuma força de vontade - ah, estou falando do filme. Também não acho que esse suposto "poder de escolha" represente uma força feminina. Essa série é apenas um conto de fadas revisitado; o foco são os arranjos folhetinescos (que encaminham tudo para um final feliz), não os personagens de vampiros ou lobisomens. É uma história que tem um valor de entretenimento puro, não algum tipo de objetivo moralizante ou reflexivo.

Tenho amigos que leram os livros, gostaram; e/ou viram os filmes e gostaram. Eu li umas 10 páginas e desisti, por não achar o estilo da autora interessante, por não ter nenhuma identificação com os personagens. Quando vi o filme (antes do livro, na verdade), fiquei muito incomodada com as atuações dos protagonistas. É óbvio que o Pattinson não leva o papel a sério - já vi ele dando essa declaração mais de uma vez. E a K. Stewart não tem expressão nenhuma! Sempre com a boca aberta e o olhar de peixe morto... Não vi química entre os atores... E os personagens? Bom, o Edward é a personificação do "Príncipe Encantado", a Bella é a personificação do "Patinho Feio" - acho que o próprio nome, Swan, já dá a dica. Isso explica porque há tanta identificação com esse livro...:B
Mas acho que o que mais me irrita no Edward nem é o caráter de bom moço ou o fato de ele brilhar. É aquele cabelo engomado, que nem se mexe... Sério, aquilo me dá uma agonia sem tamanho...Dx

Ou seja, pelo menos para mim, a história não traz nenhuma novidade.
Os filmes não são excelentes, aceitem isso. Nenhuma das atuações neles teria rendido prêmio algum se as pessoas fossem sinceras. Para não ser injusta, gosto da trilha sonora.
E do livro eu não comento nada.

O Dracula yummy de Gerard Butler.:9
Bom, meus vampiros preferidos não são o cânone. 
Eu gosto de "Dracula 2000", com o Gerard Butler como o vampiro principal. A história pelo menos tem um "quê" de originalidade. E pra ser sincera, o Gerard Butler, que nunca me cativou muito nos seus personagens, foi bem eficiente para me fazer gostar desse em especial.:)
Outro vampiro interessante é o Lestat do Stuart Townsend. Não consigo gostar de "Entrevista com o Vampiro", ou do Tom Cruise, desculpem - tá, acho que o melhor papel dele foi em "Trovão Tropical", como Les Grossman 8D. E olha que acho a história de "A Rainha dos Condenados" bem risível...:D
O Dracula do Roxburgh, de "Van Helsing", é a minha única desculpa para ver esse filme, que é MUITO ruim. Nem o HUGH JACKMAN (fuckin' awesome HUGH JACKMAN) consegue superar, na minha opinião, o Roxburgh no papel do vampiro.
Mas se existe um vampiro que ganha de todos os outros pela fodice (???) é o Alucard, do anime Hellsing. E assim encerro a discussão "monologótica"...

I'm way hawter than the other Lestat, silly human!
Enfim.
Acho que por hoje é só.:)
 Jaa~