E eu continuo confundindo um com o outro.:D
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Carnaval, quadris em abundância e em movimento, intermináveis batidas de tambor...
Se mesmo o do Rio de Janeiro com aquele garbo, e o da Bahia com aqueles baianos incansáveis me deixam aflita, imagina o daqui de Porto Alegre, deprimente, com meia dúzia de "gatos-pingados", fantasias de papelão e papel-machê...
Adivinhou: eu não gosto de Carnaval, nem de Ivete Sangalo, nem de Cláudia Leitte, nem de acompanhar os desfiles, as falcatruas e tudo mais. Eu gosto do feriado. :)
Por isso fui dar um rolê pelos parreirais da serra gaúcha... Fiquei num hotel delicioso, nem vi o Oscar (me pergunto se aquele filme dos hindus vale mesmo tudo aquilo), fiz trilhas, visitei igrejinhas e igrejonas (sem nem ser católica), bebi bastante suco de uva (e um pouco de vinho), caí na piscina, e ouvi muito sotaque "italiáááno".
E fiquei feliz ao constatar que as pessoas sempre me dão menos idade - gozado que até pouco tempo era o contrário.;D
A coisa mais Carnaval a que assisti foi a Gala Gay, voltando a PoA. Medo.:)
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Momento consumista...
Tô comprando toda a linha Kokeshi Club. Já tenho chaveiro, penduricalho de celular, cadernos e cinco bonecas (Mari, Haruko, Sayaka, Michiko e Kaori). Haja dinheiro e haja espaço pra botar tanta boneca!o.õ
Se existe um traço de mangá que eu ficaria feliz em saber fazer é o de Blood+. Se existe uma personagem que eu gostaria de ter criado, é a Oosaki Nana. Se existe um roteiro de humor que eu gostaria de ter escrito é o de Ouran. De romance, seria o KareKano. Etc. Só pra resumir as minhas coleções, além de xxxHolic e Hellsing. Ah, aproveitando a seqüência de idéias (dois erros juntos, veja só!), se existe um mangá que eu NÃO gostaria de traduzir é o Hellsing. Pelos "freetalks" do autor, o cara é pirado.
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De repente o Sputnik Vanik ficou mais atualizado do que este aqui. Até que eu já romanizei bastante coisa...:O
Mas o mais difícil nem é romanizar; o mais complicado é quando tenho que passar para kanji novamente, como as músicas da Meiko Kaji, que um ano depois eu já não sei mais como foi que consegui acertar as palavras sem enxergar os ideogramas direito naquelas imagens de baixa resolução dos livretos... O fato é que escrever uma letra em Japonês é uma arte mesmo. E artistas como a Meiko ainda me dão trabalho por escolherem kanjis obsoletos para palavras modernas, etc.
Aliás, isso é uma coisa interessante no Japonês - poder brincar com os ideogramas de palavras "quase-sinônimas" e suas leituras... Boiou? Ok.
A Língua Japonesa é composta por dois conjuntos diferentes de fonogramas (símbolos que representam sons, como o alfabeto ocidental), o hiragana e o katakana, mais um conjuntão de ideogramas (símbolos que representam idéias completas), os kanjis. Isso é o que torna o Japonês um idioma tão complexo e cheio de possibilidades de trocadilhos e preferências estilísticas. Se você considerar que nós ocidentais, por exemplo, utilizamos uma escrita só de fonogramas, e que os chineses, só uma de ideogramas, o Japonês é uma das únicas línguas (não digo a única porque não conheço todas!) que consegue fazer uma mistura tão interessante.
Na música, os artistas aproveitam essa riqueza para fazer brincadeiras com kanjis obsoletos, kanjis de leituras diferentes mas significados semelhantes, leituras em hiragana (silabário para palavras japonesas, conjunções, conjugações, etc.), katakana (silábario para palavras estrangeiras e que acaba se prestando como um "negrito" quando se quer destacar algo) e kanji.
Por exemplo: na música Urami Bushi (na trilha do Kill Bill, "My Grudge Blues"), da Meiko Kaji, no início da segunda estrofe, ela canta "Sadame kanshi to akiramete". Na letra do livreto, está escrito "運命冠しと あきらめて". O que houve? A leitura mais comum daqueles dois kanjis destacados [運命] é UNMEI (destino, carma); ela, no entanto canta SADAME (destino, karma, lei), cuja escrita mais comum em kanji seria [定め]. Inclusive, no livreto, sobre os kanjis indicados tem a leitura "alternativa" que a Meiko dá à letra.
Na mesma canção, outro exemplo de coisas que se perdem na romanização e na tradução: a mesma palavra em kanji e hiragana (ou katakana). Na estrutura da música sempre tem uma linha de cada estrofe que ela repete três vezes a mesma palavra; na primeira, BAKA (idiota, estúpido), na segunda (e na quarta e na sexta), ONNA (mulher), na terceira, TSUKINU (interminável), na quinta, MOERU (queimar, arder). Só que, na letra escrita, quem lê sem saber Japonês acha que são palavras diferentes, pois Meiko faz uma espécie de gradação: [馬鹿な バカな] é "baka na BAKA na", primeiro em kanji, depois em katakana (para dar destaque); [女 おんな] é "onna onna", primeiro em kanji, depois em hiragana; [尽きぬ つきぬ] é "tsukinu tsukinu", novamente em kanji e hiragana; e, por último, [燃える もえる] é "moeru moeru", com a mesma combinação de kanji e hiragana.
Por essas e outras, adoro transliterar; mesmo sem muitas vezes saber o sentido completo da música, começo a aprender sobre certas particularidades.:)

Jaa!o/